Gení apedrejada, Madalena arrependida e Maria santificada: relações entre a misoginia no imaginário cristão e o respaldo ideológico na perpetuação da violência contra a mulher
Resumo
No século XIII, houve uma grande valorização da maternidade, Maria triunfou como exemplo de mãe, de mulher. Porém, como Maria era um ideal a ser seguido, inatingível pelas mulheres comuns, essas eram muito mais representadas na figura de Maria Madalena, a pecadora arrependida, demonstrando que a salvação é possível para todos que abandonam uma vida pregressa, sendo ela o grande exemplo das vantagens da conversão. Essa ideia de inferioridade do feminino e da afronta à honra fálica, no caso do adultério, vem respaldando uma política de legitimação da violência contra a mulher seja ela doméstica ou sofrida em âmbito público que ecoa fortemente até nossos dias. Esse trabalho visa recolher alguns dados e propor reflexões acerca dessas problemáticas, valendo-se de três grandes mulheres recorrentes na nossa cultura: Maria, a mãe sem pecado; Madalena, a pecadora arrependida e Gení, a que é boa de cuspir
Palavras-chave
Mulher; Idade média; Violência doméstica; Violência contra a mulher
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